A etapa Recife-Olinda do festival Cena CumpliCidades segue em cartaz até o domingo, dia 6/11, com uma programação que prioriza espetáculos de dança e o intercâmbio entre cidades iberoamericanas. São cerca de 20 trabalhos com artistas do Brasil, Uruguai, Peru, Argentina, Espanha, além de obras da Suíça, da França e do Canadá. Confira abaixo o que está rolando.
PROGRAMAÇÃO:
>> Segunda-feira (31/10)
ESPAÇO ENDANÇA
Oficina Pesquisa corporal, com Rosa Primo
Rosa Primo (Fortaleza-Brasil)
19h às 22h
ALIANÇA FRANCESA
La Conférence Dansée
Fabrice Ramalingom (Montpellier-França)
19h30
>> Terça-feira (1/11)
TEATRO APOLO
Hyperterrestres
Benoît Lachambre & Fabrice Ramalingom (Montreal-Canada | Montpellier-França).
Ramalingom e Lachambre procuram o que está contido nos fundos terrestres. O processo espetacular é um movimento que oscila entre a resistência e a fusão. O relaxamento acalma o corpo que parece querer se entregar ao esgotamento do transe.
19h
TEATRO HERMILO BORBA FILHO
Nije
Federica Folco (Montevidéu-Uruguai)
Tudo está aí em cada instante, órgãos, pensamentos, medos, sangue, por que não espíritos e deuses. Federica Folco convida o público para ver uma coreografia do pensamento, que também é corpo. Desorganiza limites e juízos, porque necessita que sejamos outros.
20h
>> Quarta-feira (2/11)
ESPAÇO ENDANÇA
Oficina Dançar dói
com Clarice Lima e Aline Bonamin ( Fortaleza | São Paulo-Brasil)
10h às 14h
TEATRO HERMILO BORBA FILHO
19h
Fua
Federica Folco e assistência de Sofia Lans (Montevidéu-Uruguai)
Resultado da oficina ministrada no festival
+
Intérpretes em crise
Clarice Lima e Aline Bonamin ( Fortaleza | São Paulo -Brasil)
O trabalho passeia pela memória de dança das bailarinas, resgatando e projetando tempos que viveram ou que gostariam de ter vivido para falar da crise do fazer da dança, da vontade louca de dançar, do amor à dança e também de outros clichês. Dançar dói.
+
Encanta o meu jardim
Rosa Primo (Fortaleza-Brasil)
Este espetáculo é fruto do projeto de pesquisa da bailarina e professora Rosa Primo, denominado Dance, uma conversa, com três jovens coreógrafos do Ceará: Andréia Pires, Luiz Otávio e Marcio Medeiros. Partes, pedaços, restos compõem uma vida, um tempo, um jardim que se reinventa continuamente e mantém o encanto e o estranhamento.
>> Quinta-feira (3/11)
EDIFÍCIO TEXAS (Espaço do grupo Magiluth)
Oficina Plongée – Dança nas Bibliotecas do Brasil
Com Ilana Elkis e Joana Ferraz (São Paulo-Brasil)
9h às 13h
BIBLIOTECA PÚBLICA DE OLINDA
Plongée
Ilana Elkis e Joana Ferraz (São Paulo-Brasil)
Plongée é uma dança site-specific que toma a biblioteca como contexto para ser investigado e subvertido em suas relações, arquitetura, objetos e sons. Atravessando de forma poética o cotidiano deste espaço, as performers tecem um espaço onírico, um rasgo no tempo.
15h
TEATRO APOLO
Accidens
Groupe Entorse (Caen -França)
A simplicidade do conjunto enfatiza os dois elementos fundamentais desta peça: a música, magneticamente onipresente, emergindo ao vivo a partir das plataformas sonoras de Raphaëlle Latini e o atormentado corpo contorcido de Samuel Lefeuvre. Industriais, metálicos, repetitivos sons perfuram um espaço banhado em luz minguante ou em momentos de escuridão total.
19h
TEATRO HERMILO BORBA FILHO
20h
Intérpretes em crise
Clarice Lima e Aline Bonamin ( Fortaleza | São Paulo-Brasil)
+
Encanta o meu jardim
Rosa Primo (Fortaleza-Brasil)
>> Sexta-feira (4/11)
EDIFÍCIO TEXAS (Espaço do grupo Magiluth)
Oficina Plongée – Dança nas bibliotecas do Brasil
Com Ilana Elkis e Joana Ferraz (São Paulo-Brasil)
9h às 13h
BIBLIOTECA PÚBLICA DE OLINDA
Plongée (reprise)
Ilana Elkis e Joana Ferraz (São Paulo-Brasil)
15h e 17h
TEATRO APOLO
Turbio
Carla Di Grazia (Buenos Aires-Argentina)
Turbio nasce dentro de um processo de trabalho de Carla Di Grazia que derivou em um ciclo de solos chamado Manifesto, na cidade de Buenos Aires, Argentina, junto aos seus colegas de dança Sebastião Soares, Pablo Castronovo e Alina Folini. Para a realização dos solos, os artistas se perguntaram: Como manifestar o que está latente? Que forças movem-se sós?
19h
TEATRO HERMILO BORBA FILHO
Homem torto
Eduardo Fukushima (São Paulo-Brasil)
Homem torto é uma dança não simétrica que sugere um corpo frágil, mas com o vigor dos fortes. É uma dança que une opostos como a dureza e a leveza, a fragilidade e a força, o estar perto e longe do público, o equilíbrio e o desequilíbrio, movimentos fluidos e cortados, o dentro e o fora do corpo.
20h
>> Sábado (5/11)
TEATRO APOLO
MoralAmoralInmoral
Agustina Fitzsimons, Brenda Lucía Carlini, Marta Salinas y Milva Leonardi
(Buenos Aires-Argentina)
MoralAmoralInmoral propõe um ensaio de prova e erro na busca de respostas a inquietudes sobre a moral e as formas contemporâneas de composição cênica. A obra se constrói até chegar a uma inevitável destruição de suas cenas na tentativa de esvaziar e ressignificar a moral.
19h
TEATRO HERMILO BORBA FILHO
De cómo estar con otros
Celia Argüello (Buenos Aires-Argentina)
Ao estar frente ao outro tivemos que nos deter. Pensamos que era possível nos desligar do contexto, abstrair-nos. Acontece então de novo, o corpo como experiência finita nos esbarra com o hábito, o social, os laços, o gesto. Um interrogante sobre a relação com o outro, um plano de execução, um transformar de ações ou uma miscelânea de significantes.
20h
>> Domingo (6/11)
TEATRO APOLO
Caminos
Cia Puckllay (Lima-Peru)
Proposta cênica multidisciplinar e testemunhal de criação coletiva. Inspirada nas histórias reais das famílias de “Lomas de Carabayllo”, um enorme assentamento humano, habitado por gente emergente e trabalhadora, localizado na periferia de Lima em situação de risco devido a múltiplos fatores. Caminos explora o tema da migração desde as províncias à cidade de Lima. O argumento conta a história, sonhos, ilusões e dificuldades de oito migrantes que, impulsionados por diversas necessidades, decidem deixar suas terras e partir para a capital, com o objetivo de buscar um futuro melhor.
16h
TEATRO HERMILO BORBA FILHO
Moeraki
Cia Soares-Castronovo-Di Grazia (Buenos Aires-Argentina)
Moeraki questiona a existência de corpos pré-programados que respondem a estímulos das seguranças garantidas, propondo-lhes um lugar entre. Os criadores repensam a condição do ser humano como algo dual definido pelos gêneros, e suas características e performances culturais/sociais. O espetáculo parte do princípio que formamos um universo de imagens e afetividades a partir dos nossos hábitos culturais e, na maioria das vezes, a partir da nossa condição biológica ou de gênero.
17h