Neste sábado (24/9), às 20h, o Teatro Apolo recebe a última apresentação de A Mandrágora, uma adaptação do paulista Guilherme Vasconcelos para o clássico do escritor Nicolau Maquiavel. No espetáculo, o público assiste a uma sátira de costumes que traz referências da clássica história, escrita originalmente em 1508, no contexto do sertão nordestino.
A montagem utiliza elementos cômicos e regionais, além de reflexões críticas sobre a corrupção e o patriarcalismo. A "essência" da obra de Maquiavel é mantida, mas a trama é envolvida pelo imaginário nordestino e sua cultura. Na peça, o personagem Calímaco é um rico paraibano radicado no Recife e apaixonado por Lucrécia, esposa de moral ilibada do poderoso Coronel Nício Calfucio. O rico casal, apesar das tentativas, não consegue ter filhos. Calímaco, então, finge-se de médico e receita um infalível e mortal remédio à base da planta afrodisíaca mandrágora, conseguindo, assim, ludibriar o Coronel e ter sua paixão finalmente correspondida.
Com cenários e figurinos concebidos pelo diretor Marcondes Lima, que também assina a direção do espetáculo Nossos ossos, em cartaz no Recife, o que o público verá é uma mescla de regionalidade e originalidade, além de uma trilha sonora que faz paródias com clássicos do brega. Produzida pela Galharufas Produções e contemplada duas vezes pelo Funcultura, na categoria Montagem (2014 e agora), a peça cumpre sua Circulação de Espetáculo, em 2016, passando por cidades-polo em várias regiões do estado.
A Mandrágora foi apresentada no 22º Janeiro de Grandes Espetáculos, em 2015, com dez indicações ao Prêmio da Apacepe, incluindo Melhor Espetáculo, Direção e Figurino.
Serviço:
Espetáculo A Mandrágora
Neste sábado (24/9), às 20h, no Teatro Apolo (Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia)
Informações: 3355-3321